domingo, 30 de novembro de 2014

Quando você acha que entendeu tudo, a vida muda de fase

Hoje vou escrever sobre uma sensação que vale tanto para a gravidez quanto para a vida com filhos: os eternos obstáculos a superar. Não são sempre os mesmos obstáculos, mas novos. Eles se renovam de tempos e tempos, justo quando você acabou de dominar a situação. Sempre digo que ser mãe é como jogar vídeo game: quando você supera uma fase, começa outra.

Quando descobri que estava grávida, achava que tudo ficaria mais tranquilo depois do terceiro mês. Depois achei que seria mais tranquilo quando sentisse o bebê mexer. Depois, quando visse que ele estava ganhando peso. Depois, quando ele nascesse, o parto tivesse dado certo e eu visse com meus próprios olhos que ele era saudável. Aí o bebê nasceu e eu achei que tudo ficaria mais tranquilo quando a dor da cesárea passasse. Ou quando os aprendizados (e feridas) da amamentação fossem superados.

Tudo isso passou, mas meu bebê dormia mal e acreditei que tudo ficaria mais tranquilo quando eu aprendesse a fazê-lo dormir melhor. Quando ele aprendeu a dormir, passou a ficar mais tempo acordado e precisava ser estimulado. Enchi a casa de tranqueiras de balançam, tocam música e blá, blá, blá, mas ele não ficava mais que 20 minutos ligado nelas. Aí pensei, “nossa, quando ele aprender a sentar e brincar sozinho, tudo ficará mais tranquilo, porque não precisarei distraí-lo o tempo todo”. Comprei aqueles tapetinhos de EVA, para estimular seus movimentos, mas agora ele se arrasta para todo lado e sequer fica no tapete. “Meu deus, temos que cobrir as tomadas e cantos de mesa!”, penso eu.

Então ele dorme a noite toda, senta bonitinho, se distrai sozinho por um bom tempo, mas agora também ando preocupada com as comidinhas, se trituro ou não, se dou carne ou não, se coloco sal ou não. Enfim, o que quero dizer é que quando se vira mãe (desde a gravidez) é necessário aprender a lidar com as dúvidas e preocupações, com o certo e o errado e, principalmente, com a casa bagunçada (hehe). Tudo acontece tão rápido! A preocupação de hoje estará resolvida amanhã, mas aí virá uma nova.

Parece que todos os posts desse blog sempre acabam na mesma lição: PACIÊNCIA, MEU POVO. PACIÊNCIA.

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2 comentários:

  1. Nossa! Vc disse TUDO! É exatamente isso! Como sou mãe de segunda viagem, vivenciei isso e agora tudo o que eu mais quero é curtir meu bebê. Sei, por experiência própria, que a fase menos trabalhosa (na minha opinião) é essa, até os 6 meses, quando tudo que eles querem é leite, amor e sono. Depois, quando começa a fase das papinhas e colheres voando a vida engrena e não tem mais volta. Meu único conselho, de mãe pra mãe, atualmente é CURTA seu bebê. A gente fica sempre na neurose e o tempo vai passando depressa, inexorável. Esse filho eu estou curtindo muito, muito. Ele foi muito desejado, passei por muita coisa e venci muitos medos para traze-lo ao mundo. Aliás, não tem uma vez que fiquemos sozinhos e eu não me debulhe em lágrimas, feliz e emocionada por tê-lo nos braços. Imagino que vc tb sinta essa emoção, pois tb passou perrengue para ter seu O. Um beijo,

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    Respostas
    1. Eu também choro ao ver meu O. E ao ouvir Raul Seixas cantando "Tente outra vez".
      Adoro ler suas sábias palavras, Roberta. Pura sabedoria de mãe!
      Beijos

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